sexta-feira, 22 de abril de 2011

Operários encontram fósseis de mastodonte em obra no Chile




Pesquisadores divulgaram nesta sexta-feira a descoberta de fósseis de um mastodonte que teria vivido a mais de 2 milhões de anos no Chile.

O crânio e as presas foram encontrados por operários que trabalhavam em uma obra junto do rio Mapocho, em Padre Hurtaldo, nas proximidades da capital Santiago. As informações são do site do Daily Mail.

Após os trabalhadores perceberem os fósseis, paleontólogos foram chamados e escavaram o local. Segundo os especialistas, o crânio e as presas, com quase 4 m de comprimento, foram encontrados em perfeitas condições.

A descoberta do mastodonte, com tamanho semelhante ao dos elefantes modernos, pode permitir aos cientistas coletar maiores informações sobre a origem do animal.

A maioria das escavações de mastodontes foram realizadas na América do Norte. No Chile, apenas alguns fragmentos haviam sido encontrados anteriormente.

Funcionário de empresa petrolífera encontram anquilossauro no Canadá



Os campos petrolíferos do Canadá forneceram mais do que óleo cru neste mês. O fóssil de um anquilossauro, herbívoro que se distingue pela carapaça nas costas, foi achado em Alberta.

Shawn Funk, um trabalhador da empresa de exploração Suncor Energy viu o dinossauro na última quarta-feira e avisou os responsáveis.

Por uma sorte do acaso, o homem havia visitado a ala sobre os animais pré-históricos do museu Royal Tyrrell algumas semanas antes.

A descoberta surpreendeu porque se estima que a região era coberta totalmente pela água milhões de anos atrás.

"Nunca vimos um dinossauro nessa localidade", conta o curador do Museu Royal Tyrrell, Donald Henderson. "A área era um oceano, e a maior parte dos achados são de invertebrados como moluscos e ammonites."

O anquilossauro deveria ter cerca de cinco metros de comprimento e outros dois de largura. Ao contrário de outros fósseis, não estava incrustado em sedimentos rochosos e apresenta boas condições.

O último fóssil de grandes proporções já registrado em Alberta foi de um réptil marinho gigante, o ichthyossauro, localizado dez anos atrás perto de Fort McMurray.

Ovos fossilizados de crocodilo pré-histórico são encontrados em Jales, SP



Em Jales, o trabalho de pesquisadores que encontraram fósseis de um crocodilo recebeu destaque no meio científico internacional. Ninhos com ovos do animal estão sendo estudados.

Foi em uma fazenda na zona rural de Jales que um pedaço da história do planeta surgiu no meio das rochas.

As escavações revelaram uma conquista: a maior quantidade de ovos de crocodilos pré-históricos já encontrada em todo o mundo. Os fósseis datam de 85 milhões de anos atrás.

Foram revelados no total doze ninhos, com registros bem visíveis de ovos do réptil primitivo Baurusuchus pachecoi. A espécie, encontrada pela primeira vez na cidade de Paulo de Faria, em 1945, viveu no final do cetáceo, o último período antes da grande extinção dos dinossauros.

Junto com os ninhos e ovos, também foi encontrado um crânio do crocodilo primitivo em perfeitas condições, algo muito raro de ocorrer.
Para o paleontólogo Carlos Eduardo Maia de Oliveira, que descobriu os fósseis, o achado é de extrema importância, pois destaca a região em nível mundial.

O trabalho já foi apresentado nos Estados Unidos e também em países do Reino Unido, na Europa. Ele e sua equipe ainda puderam nomear o achado: Bauruoolithus fragilis.

A descoberta foi divulgada na revista cientifica Palaeontology, uma das mais conceituadas no meio. Os pedaços de rocha com as marcas pré-históricas foram trazidos para uma instituição de ensino em Fernandópolis para serem analisadas.

Descoberto ancestral distante do crocodilo



Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS) anunciaram na quinta-feira, 31, a descoberta de fósseis de um parente distante dos crocodilos que viveu há 240 milhões de anos e tinha hábitos gregários.

A novidade científica foi descrita em artigo do doutorando em Biologia da USP de Ribeirão Preto Marco Aurélio Gallo de França, bolsista da Fapesp, seu orientador Max Cardoso Langer e o paleontólogo Jorge Ferigolo, da FZB/RS, publicado pela revista alemã Naturwissenschaften.

O material foi encontrado no município de Dona Francisca pelos paleontólogos Jorge Ferigolo, Ana Maria Ribeiro e Ricardo Negri, do Museu de Ciências Naturais da FZB/RS.

O grupo removeu um bloco de rocha de meia tonelada no qual estavam crânios de predadores do Triássico. Os fósseis ficaram depositados no museu e, em 2007, passaram a ser estudados por Franço, Langer e Ferigolo.

As conclusões começaram a ser publicadas agora e indicam a descoberta de uma nova espécie, com 2,5 metros de comprimento, pertencente ao grupo de répteis rauisuchia.

Hábitos diferentes. Mas a maior novidade está nos hábitos do animal, mais complexos que os do grupo dos arcossauros, da mesma era.

"Pensava-se que os raiusuchia eram do topo da cadeia alimentar e viviam sozinhos. A descoberta de que uma das espécies vivia em conjunto quebra esse paradigma", avalia França.

Os fósseis indicam que o réptil tinha atividades grupais como, possivelmente, a caça. Dos restos de dez indivíduos encontrados, nove estavam sobrepostos. "Isso indica comportamento social; eles estavam próximos antes de morrer", diz o doutorando.

O nome dado ao réptil, Decuriasuchus quartacolonia, considera suas características. Decúria se refere à unidade do exército romano constituída por dez soldados; suchus é um termo grego para um deus egípcio com cabeça de crocodilo; e Quarta Colônia é a região do Estado onde estavam os fósseis.

Como o material contém partes amontoadas, os pesquisadores descartam a montagem de um esqueleto para exibição.

Nova espécie : Magnus zhuchengtyrannus


Cientistas irlandeses anunciaram a descoberta de uma nova espécie de dinossauro gigantesco, que seria um parente próximo do Tiranossauro Rex (T. Rex), a partir de fósseis do crânio e ossos maxilares encontrados na China.

Segundo os estudiosos, o tiranossauro media cerca de 11 m de comprimento e pesava 6 t. As informações são do site do Daily Mail.

O pesquisador David Hone, da University College de Dublin, afirmou que passou cerca de três anos na área de uma pedreira onde os fósseis foram encontrados.

"É outro grande T-Rex e essas coisas não aparecem todos os dias. É um dos maiores predadores de todos os tempos", disse o pesquisador.

O dinossauro foi oficialmente chamado de Magnus zhuchengtyrannus, em homenagem a Zhucheng, a cidade em que os fósseis foram encontrados, na província de Shandong, leste da China.

Mas por causa de seu enorme tamanho, os cientistas rapidamente classificaram o dinossauro de "primo do T-Rex".

Assim como o T. Rex e o Tarbosaurus asiático, o Magnus zhuchengtyrannus faz parte do grupo dos tiranossauros, terópodes gigantescos que habitaram a América do Norte e a Ásia Oriental durante o período Cretáceo, que durou de cerca de 99 a 65 milhões anos atrás.

Fósseis de outro dinossauro com tamanho semelhante foi encontrado no mesmo local, mas os especialistas ainda analisam o material coletado.

A pedreira de Shandong é o lar de uma das maiores concentrações de fósseis de dinossauros do mundo.


Nova espécie : Daemonosaurus chauliodus



Um grupo de cientistas da Smithsonian Institute descobriu, no Novo México, fósseis do crânio e das vértebras do pescoço de um Daemonosaurus chauliodus, um elo evolucionário entre dois grupos de dinossauros. A descoberta está na publicação "Proceedings of the Royal Society B".

Os mais antigos dinossauros bípedes conhecidos incluem espécies de predadores como o Herrerasaurus, que habitou a região hoje correspondente à Argentina e ao Brasil há cerca de 230 milhões de anos.

Até agora, havia um hiato entre esses animais e os terópodes mais desenvolvidos, mas a análise da estrutura óssea mostrou que o Daemonosaurus chauliodus é esse elo.

O tamanho do animal não pode ser definido a partir do material encontrado, mas o crânio tem cerca de 14cm e o maxilar superior tem dentes grandes e inclinados para a frente.

O Daemonosaurus chauliodus viveu no fim do período Terássico (antes do Jurássico), há cerca de 205 milhões de anos. A descoberta mostra que ainda há muito a aprender sobre a evolução dos dinossauros.

- A exploração contínua, mesmo em regiões bem exploradas, como o sudoeste dos EUA, ainda trará descobertas notáveis de fósseis - disse Hans Sues, curador de vertebrados no Museu de História Natural Smithsonian e principal autor da pesquisa.

Velociraptors eram caçadores noturnos


Alguns dinossauros tinham olhos adaptados para a caça noturna, enquanto outros estavam mais aptos para atividades durante o dia, mostra um estudo que contesta a ideia de que os sáurios eram animais exclusivamente diurnos.

A partir da análise dos registros fósseis de um osso que existe em pássaros e lagartos, chamado anel esclerótico, pesquisadores conseguiram comprovar que alguns dinossauros tinham a pupila mais aberta, própria para visão noturna.

Esse anel circunda a íris, determinando a largura da pupila. O estudo desmente o conceito de que os dinossauros do Mesozóico, de 250 milhões a 65 milhões de anos atrás, tinham atividade exclusivamente diurna, deixando a noite para os pequenos mamíferos.
Durante seis anos e meio, pesquisadores da universidade da Califórnia mediram o osso ocular de 33 fósseis de dinossauros, pássaros ancestrais e pterossauros.

O diâmetro de cada osso estudado variou de um a 10 centímetros, e revelou novos padrões do ecossistema.

De acordo com o estudo, pequenos carnívoros, como os velociraptors, eram caçadores noturnos. Grandes dinossauros herbívoros tinham atividades tanto durante o dia quanto durante a noite, provavelmente pelo fato de terem de comer grandes quantidades, o que levava muito tempo, com direito a “siestas” nas horas mais quentes do dia para evitar o superaquecimento do corpo. O mesmo acontece com grandes herbívoros contemporâneos, como os elefantes.

Pterossauros e aves pré-históricas eram mais ativas durante o dia. Os pesquisadores não puderam estudar grandes carnívoros, como o temido Tyrannosaurus rex, por não haver registro fóssil suficiente do anel escleral.

A variação nos padrões de atividade diária facilita a divisão do uso do habitat e de seus recursos entre as espécies.

“Conseguimos reconstruir o ecossistema, agora que sabemos em que período cada dinossauro era mais ativo, e também começamos a entender melhor a interação deles”, disse ao iG Lars Schimitz, professor do departamento de Evolução e Ecologia da Universidade da Califórnia e autor do estudo publicado na edição desta semana do periódico científico Science.

Os pesquisadores também analisaram a estrutura em outras 164 espécies contemporâneas. Humanos não têm anel esclerótico.

“Como sabemos os hábitos dos animais que vivem nos dias de hoje, pudemos comparar com a estrutura ocular a dos fósseis de dinossauros”, disse Schimitz.

“A descoberta foi uma surpresa, embora faça todo o sentido”, completou Ryosuke Montani, também autor do estudo.